Não dê Murro em Ponta de Faca

    É normal que, quando algo não sai exatamente como se planejou, a pessoa se sinta frustrada. Porém, contratempos fazem parte da vida e é inútil tentar insistir numa situação que, na verdade, pode ser um convite à mudança. O problema é que todos sabemos que mudar não é nada fácil, exige coragem, bom senso e, principalmente, capacidade de adaptação. Sim, a adaptação é a base da existência, da sobrevivência.
    Não se trata de desistir, mas de entender que a mudança, às vezes, é necessária; não se trata de fraqueza porque nem sempre o que se exige é força; se trata de aceitar as coisas como são e procurar fazer o melhor possível dentro da nova conjuntura, a que não foi planejada nem desejada, mas aí está.
    Não tem nada que deixe o sujeito mais propenso ao fracasso do que querer brigar com a realidade. Sim, porque se busca uma solução por causa de um problema reconhecido, mas quando a pessoa não quer enxergar que problema é esse, que dificuldade é essa, que circunstância é essa que a impede de avançar, como é que ela chegará a uma solução? Impossível!
    Contudo, há pessoas que confundem esse momento de recuo para uma futura adaptação com incapacidade. E é claro que, de certo modo, se trata de uma incapacidade sim diante de uma situação que está para além do que se pode fazer no momento, mas isto não significa que a pessoa que está enfrentando tal dificuldade não seja capaz de, em outras circunstâncias, dar conta do recado e obter sucesso.
    Percebe como são coisas muito diferentes?
    A vida, às vezes, nos limita, o que não quer dizer que sejamos limitados sempre.

    Porém, se a pessoa der mais valor a sua autoimagem do que a necessidade de se adaptar às circunstâncias estará simplesmente dando murro em ponta de faca, como dizem, o que não é nada bom de se fazer porque não dá em nada e só causa dano sem gerar nada de útil ou produtivo, ou seja, solução zero.
    Acredito que, por pior que seja a dificuldade, por mais difícil que seja a situação, ninguém quer perder a guerra, não é mesmo? Assim, algumas batalhas são sacrificadas, mas por uma boa razão, se adaptar para resistir e permanecer no jogo.
    Fica a dica adapte-se para ser feliz porque felicidade é aqui e agora