Nunca Tripudie Alguém

        
        Há ocasiões em nossas vidas que fazemos questão de manifestar a nossa opinião, deixando bem claro os motivos que estão por trás de nosso modo de pensar, ainda que não tenhamos sido consultados, como se quiséssemos alertar as pessoas sobre um determinado assunto para que elas mesmas reflitam com maior seriedade antes de tomarem suas próprias decisões.
Até aí nada de anormal nesse comportamento, principalmente, se estamos falando de pessoas com as quais temos algum vínculo. Porém, a partir daí pode ocorrer duas coisas, a primeira é que quem nos ouve pode não querer ouvir, ainda que tenha  solicitado a nossa opinião, pois se refletiu ou não sobre o assunto o fato é que já se decidiu, uma decisão nem sempre é baseada na razão, há outros fatores que influenciam a tomada de decisão de uma pessoa; a outra coisa é que quando decidimos nos expor dessa forma precisamos entender que não temos o direito de fazer com que a pessoa aja de acordo com o que entendemos como o certo a ser feito.
Desse modo, se, com o passar do tempo, acontecer de ficar claro que a pessoa a quem procuramos alertar cometeu um erro de julgamento, não cabe a nós tripudiar sobre ela. Pois não se trata de uma disputa nem de um concurso para saber quem está certo ou errado e, sendo assim, jamais podemos nos considerar vitoriosos.
Nada justifica, em uma situação assim, apontar o dedo dizendo: “Bem que eu falei”.
Agir assim pode demonstrar que na verdade a intenção não era alertar ninguém, mas convencer o outro a fazer as coisas à nossa moda.
Acho que todos nós sabemos que errar é humano, nós também nos equivocamos, então, um pouco de humildade cai muito bem nessas horas. Procurar apoiar o outro e contribuir com um olhar para o que pode ser feito adiante,  evitando que a pessoa fique se lamentando pela decisão que tomou, é importante. Tentar fazê-la  ver um horizonte de oportunidade pode ser muito útil.
É claro que toda decisão cobra seu preço e haverá consequências sempre e isto se aplica a todos nós. Não se trata de passar a mão na cabeça, mas de tornar o momento menos pesado.
Pense bem, se estivesse do outro lado, como gostaria que agissem com você?
Fica a dica, tenha um pouco de compaixão para ser feliz, porque felicidade é aqui e agora. 

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