Como Ser Um Bom Juiz
Se você acha que um juiz é
apenas aquele que estudou direito, fez um concurso público e ganhou
um martelo para deliberar sobre a vida das pessoas, está muito
enganado. Porque em muitos momentos da vida, cada um de nós exerce o
papel de juiz, quando diante de problemas e situações que se
apresentam tem de decidir, fazer uma escolha e, é claro, esperando
que esta seja a mais acertada.
É da vida ter de tomar
decisões, embora em alguns momentos seja muito difícil,
principalmente, quando se é pego de surpresa, mas nem sempre se tem
de tomar decisões assim, embora para alguns isso não faz a menor
diferença, sendo sempre muito difícil se posicionar e escolher
aquilo que é mais acertado.
Essa indecisão causa muitos
transtornos para algumas pessoas, mas se formos pensar melhor a
respeito, veremos que na verdade o problema está na falta de
conhecimento sobre tudo o que está envolvido na situação ou
problema sobre o qual é preciso que se decida. Afinal, decidir
significa resolver, deliberar sobre alguma coisa, ou seja, tomar uma
posição após pensar, refletir ou analisar.
Logo, sem considerar os
fatos, as pessoas e tudo mais que está no contexto daquilo que se
pretende decidir, a atuação como juiz em certos momentos da vida
fica muito comprometida e sujeita a se realizar da pior forma.
E quando falo de
conhecimento, estou falando sobre o conhecimento de si próprio como
ponto de partida para que se tenha condições de, ao menos, ter um
vislumbre daquilo que melhor se enquadra para a satisfação do
envolvido. Porque, vamos combinar, ninguém decide para, no final,
ter um problema ainda maior. Por exemplo, se uma pessoa recebe uma
oferta de emprego muito boa, muito bem remunerada, mas que, por outro
lado, exige que a pessoa se ausente por muito tempo da família. A
oferta em si é um problema ou uma solução? Qual decisão é a mais
acertada? Aí depende de que tipo de pessoa estamos falando. E como é
a pessoa quem decide, é preciso que ela saiba exatamente quem ela é,
o que lhe move, lhe motiva, quais são suas necessidades, suas
expectativas, o que de fato lhe permite agir em sua plenitude, para
começar. A partir daí é que se pode, então, fazer uma análise se
o alto salário, além de todas as demais condições que se
apresentam, será uma ótima solução ou, no fim, um grande problema
para a pessoa que deve decidir. Percebem?
Ao longo da vida somos todos
juízes e o segredo é estar ciente de tudo o que está envolvido no
problema ou situação com que nos deparamos. Se agirmos
distraidamente ou movidos por desejos momentâneos que não
representam o que somos de fato ou ainda se deixarmos o nosso ego, no
sentido mais mesquinho da palavra, nos dominar, certamente faremos a
escolha errada.
Não
há como fugir das escolhas da vida, mesmo quando nos negamos a
tomada
de uma decisão, estamos decidindo pela omissão. Tudo o que fazemos,
no fim, se trata de uma grande sequência de escolhas e não há o
que fazer senão conhecer a si mesmo e buscar conhecer tudo quanto
for possível.
Fica
a dica, conhecer para ser feliz, porque felicidade é aqui e agora.
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